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Este projeto surgiu como uma atividade escolar, em união de idéias dos estudantes com a minha, visando a integração História e as Tic`s. Nos dias atuais a geração Z, fortemente vinculada à modernidade tecnológica, enxerga como obsoleta a aquisição de conhecimento apenas pelos livros didáticos e o espaço físico reservado à parte de dentro da escola. Este espaço virtual possibilitará a continuidade dos estudos acadêmicos, espaço para debate com fórum sobre temas de relevância factual histórica e temática atual. Queridos estudantes aproveitem bem este espaço porque ele lhe pertence. Boa navegação... Abraços, Dino.


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sexta-feira, 29 de abril de 2011

Liberalismo, Nacionalismo e Unificação -2°A

Grupo:
-Gabriel Andrade

-Matheus Farias
-Rafael Barbosa
-Arthur Morato
-Pedro Borges

Link do vídeo de unificações tardias : http://www.youtube.com/watch?v=-JOf0I7tz2E&feature=related

Nacionalismo

O nacionalismo é uma tese. Em sentido estrito, seria um sentimento de valorização marcado pela aproximação e identificação com uma nação, mais precisamente com o ponto de vista ideológico. Segundo Ernest Gellner (1983) o nacionalismo é a ideologia fundamental da terceira fase da história da humanidade, a fase industrial, quando os estados nação se tornam a forma de organização político cultural que substitui o império.


Costuma diferenciar-se do patriotismo devido à sua definição mais estreita. O patriotismo é considerado mais uma manifestação de amor aos símbolos do Estado, como o Hino, a Bandeira, suas instituições ou representantes. Já o nacionalismo apresenta uma definição política mais abrangente Por exemplo: da defesa dos interesses da nação antes de quaisquer outros e, sobretudo da sua preservação enquanto entidade, nos campos lingüístico, cultural, etc., contra processos de destruição identitária ou transformação.
Revoluções liberais


         Na França
Após três dias de lutas (27,a 29 de julho de 1830), a revolução venceu. Carlos X fugiu; e o duque Luís Filipe de Orléans foi proclamado “rei dos franceses, pela graça de Deus e pela vontade do povo”.
A revolução parisiense alentou os liberais e nacionalista da Europa e provocou uma série de rebeliões em diversos países.
No resto da Europa
A Bélgica foi a primeira a seguir o exemplo francês. Logo após estouraram sublevações na Polônia, Itália e Alemanha. Mas nestes três últimos países, os movimentos fracassaram. Somente teve êxito a revolução dos belgas.
A Polônia (retalhada no século XVIII, e repartida entre a Prússia, Áustria e Rússia) pertencia, na sua maior parte, à Rússia. Despoticamente governados pelo czar Nicolau I, os poloneses sublevaram-se. Não receberam, porém, o esperado apoio da França ou da Inglaterra, e acabaram sendo derrotados após heróica resistência. A repressão do czar foi sangrenta: centenas de chefes insurretos foram executados ou deportados para a Sibéria.
Na Itália, os maçons e carbonários provocaram revoltas nos ducados de Parma e Toscana, e nos Estados da Igreja (1831), onde estabeleceram governos constitucionais. Mas as tropas austríacas sufocaram rapidamente essas insurreições.
Na Alemanha, os liberais fizeram estourar movimentos em prol de constituições moderadas. Tiveram êxito em vários ducados e reinos (Saxônia, Hanôver, Brunswick), mas a Áustria (Metternich) e a Prússia anularam essas concessões.
Na Bélgica, o Congresso de Viena (1815) tinha anexado a Bélgica à Holanda. Havia, porém, entre belgas e holandeses, profundas diferenças de raça, língua e religião – além de sérias divergências econômicas.
Em 1821, os gregos rebelaram-se contra o despótico domínio turco. A luta, feroz de ambas as partes, durou oito anos. Todos os europeus simpatizavam com a causa helena e muitos foram os voluntários, de diversos países, que acorreram em auxílio da Grécia. Os governos, porém, mantinham-se alheios ao conflito – em virtude da doutrina “legitimista”, um dos fundamentos da política reacionária de Metternich.
No ano de 1828 a Rússia declarou guerra à Turquia. Em pouco mais de um ano, as forças russas chegaram às portas de Constantinopla. O sultão viu-se forçado a pedir a paz. A Turquia assinou o Tratado de Andrinopla (1829), no qual reconheceu a independência da Grécia.
 Unificações tardias
A Unificação Italiana

A configuração político-territorial da Itália, no início de século XIX, sofreu grande intervenção por parte das medidas firmadas pelo Congresso de Viena de 1814. Com os acordos consolidados, a atual região da Itália ficou dividida em oito estados independentes, sendo que alguns deles eram controlados pela Áustria.

Nesse mesmo período de recondicionamento da soberania monárquica, movimentos nacionalistas afloraram em diferentes partes da Itália. Ao mesmo tempo, as motivações e projetos desses grupos nacionalistas eram bastante variados. Envolvendo grupos de trabalhadores urbanos e rurais e alcançando até mesmo a burguesia nacional, o Risorgimento manifestava-se em ideais que passavam por tendências republicanas e, até mesmo, monárquicas.


Em 1831, Giuseppe Mazzini liderou outro movimento republicano representado pela criação da Jovem Itália. Mesmo não obtendo sucesso, o nacionalismo italiano ainda teve forças para avivar suas tendências políticas. No ano de 1847, uma série de manifestações anti-monárquicas tomaram conta da região norte, nos reinos de Piemonte e Sardenha, e ao sul no Reino das Duas Sicílias. No Reino da Lombardia consolidou-se um dos maiores avanços republicanos quando o rei foi obrigado a instituir um Poder Legislativo eleito pelos cidadãos.

Mesmo com a agitação dessas revoltas, a presença austríaca e o poder monárquico conseguiram resistir à crescente tendência republicana. Só com o interesse da burguesia industrial do norte da Itália, politicamente patrocinada pelo primeiro-ministro piemontês Camilo Benso di Cavour, que o processo de unificação começou a ter maior sustentação. Angariando o apoio militar e político dos Estados vizinhos e do rei francês Napoleão III, em 1859, a guerra contra a Áustria teve seu início.

Temendo a deflagração de movimentos de tendência socialista e republicana, o governo Francês retirou o seu apoio ao movimento de unificação. Ainda assim, Camilo di Cavour conseguiu unificar uma considerável porção dos reinos do norte. Nesse mesmo período, ao sul, Giuseppe Garibaldi liderou os “camisas vermelhas” contra as monarquias sulistas. Para não enfraquecer o movimento de unificação, Garibaldi decidiu abandonar o movimento por não concordar com as idéias defendidas pelos representantes do norte.

Dessa maneira, os monarquistas do norte controlaram a unificação estabelecendo o rei Vítor Emanuel II. No ano de 1861, o Reino da Itália era composto por grande parte do seu atual território. Entre 1866 e 1870, após uma série de conflitos, as cidades de Veneza e Roma foram finalmente anexadas ao novo governo. A unificação da Itália teve seu fim no ano de 1929, quando após anos e anos de resistência da autoridade papal, o tratado de Latrão completou a formação da nação italiana.

Apesar de representar uma luta histórica ao longo do século XIX, a unificação italiana não conseguiu prontamente criar uma identidade cultural entre o povo italiano. Além das diferenças de cunho histórico, lingüístico e cultural, a diferença do desenvolvimento econômico observado nas regiões norte e sul foi outro entrave na criação da Itália.


A Unificação da Alemanha

A Alemanha, em meados do século XIX, era formada por uma confederação de principados e Estados com sede na cidade de Frankfurt. A Prússia e a Áustria ocupavam um lugar de destaque na confederação, procurando manter o equilíbrio entre as forças revolucionárias que ameaçavam a aristocracia conservadora (junkers).
Em meados do século XIX, a agricultura era a principal atividade econômica, permanecendo as relações feudais de produção.

O poder dos junkers apoiava-se na manutenção do exército mercenário e na aquisição de terras extorquidas aos camponeses. À semelhança do que se registrava em outros países europeus, também entre os germânicos ocorria à concentração de mão-de-obra nos centros urbanos, procedentes da exclusão rural. O desemprego e as más condições de vida decorrentes desta situação provocaram revoltas e motins.

As atividades industriais desenvolvidas nas regiões da Renânia, Westfália, Silésia e Saxônia esbarravam na diversidade alfandegária dos diferentes reinos, emperrando o desenvolvimento capitalista. Para eliminar este problema, fundou-se a Associação Geral para o Comércio e Indústria, e, posteriormente, sob a liderança da Prússia, surgiu a união alfandegária – o Zollverein. Através desse acordo, foi criada uma liga aduaneira que aboliu os impostos alfandegários entre os vários Estados germânicos com a exclusão da Áustria.

Essa medida promoveu a livre circulação de mercadorias, favorecendo, desta forma, o comércio entre os vários Estados e impulsionando o desenvolvimento industrial.
Em termos políticos, diferentes ideologias foram se firmando em projetos distintos:

Os grandes industriais desejavam reformas garantidas por uma constituição;
A pequena burguesia pretendia a democracia (igualdade de direitos e soberania popular), defendia a federação e não o centralismo unitário;
As lideranças urbanas e o operariado partilhavam das idéias socialistas.

Diante do clima propício às agitações sociais, a nobreza buscou o apoio da burguesia para conter as classes sublevadas. A burguesia, por sua vez, agilizou reformas constitucionais que atendessem às suas aspirações. O rei da Prússia, Guilherme I, apoiado na força dos junkers, deu a presidência do Parlamento a Otto von Bismarck.

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